E
finalmente chegou à hora da resenha do último livro do Ciclo A Herança (Eragon, Eldest, Brisingr, Herança), e,
pela última vez, aviso que se você ainda não leu os volumes anteriores e não
gosta de spoilers, corre lá pra ler e
depois vem aqui e compartilha sua opinião.
Herança
começa com um gostinho de esperança de que a batalha contra o império pode sim
ter os Varden como vencedores, mesmo que eles ainda não saibam exatamente como.
Depois
de descobrir que a fonte do poder de Galbatorix vem dos Eldunarí, os corações
dos dragões, Eragon percebe que na verdade essa é a força e a fraqueza do rei.
Afinal, sem eles o cavaleiro seria como qualquer outro. Mas vamos combinar que
não é tão fácil assim descobrir onde o homem guarda centenas de corações e
simplesmente se livrar deles.
E
é aí que entra finalmente a revelação da segunda parte do comentário que o
menino-gato, Solembum, fez lá no primeiro livro:
“Depois, quando tudo parecer perdido e
seu poder não for suficiente, vá até a pedra de Kuthian e diga seu nome para
abrir o Cofre das Almas.”
E
sinceramente, o Eragon foi meio lerdinho pra não perceber que era óbvio que no
cofre das almas ele ia encontrar almas.
Mas ainda assim, não eram almas de dragões o suficiente, porque Galbatorix
continuava tendo muito mais corações que ele.
Então,
mesmo ainda sem ter certeza de como poderiam vencer o Rei, aquele era o melhor
momento desde o início da série para acreditarem que conseguiriam.
Além
de tudo isso, o autor mais uma vez trabalha com capítulos focados em Roran e Nasuada,
e principalmente os da Nasuada compõe os melhores momentos da narração (não sei
vocês, mas eu simplesmente me apaixonei por ela, por ela e pela Angela,
melhores personagens <3).
No
entanto, a história finalmente chega ao fim com um gostinho de quero mais, o final não é ruim, mas acho que muitos
esperavam ver Eragon e Arya finalmente como um casal, ou pelo menos que o
protagonista encontrasse outra mulher para amar. E nesse ponto Paolini me decepcionou
um pouquinho, tinha esperança que os dois trocassem pelo menos um beijinho
antes do fim (sou romântica sempre, não tem jeito).
Ainda
assim, a história é boa e o final também. O autor descobriu uma boa forma de
derrotar Galbatorix e uma ótima pessoa para ser um novo Cavaleiro, melhorou
muito do primeiro livro até o último, criou mistérios que prenderam a leitura e
personagens apaixonantes. E nos agradecimentos ainda revelou que talvez, algum
dia, volte a escrever dentro da Alagaësia.