Já tava na hora de ter algum Felipe nos meus contos, mas não, não pense que é específico para um dos que conheço. (: Para o vento, o qual um dia disseram que era meu pai, que ele realize seus sonhos.
O
vento balançava os fios ruivos de Vivian, ela abraçava o próprio corpo tentando
se proteger da baixa temperatura. Caminhava depressa em direção ao carro, as
vozes ao seu redor mal eram notadas por culpa de seus pensamentos, voltados
apenas para aquele garoto.
–
Com frio?
Ela
ouviu-o ao seu lado, tão próximo que podia sentir seu hálito quente. Olhou em
seus olhos e, antes de responder, esticou a mão com a palma para baixo em sua
direção.
–
Dê sua mão. – pediu.
Felipe
observou o gesto por um breve instante antes de ceder ao pedido. As mãos se
tocaram. A pele dela, gelada como seu coração, em contraste com a sempre quente
dele. Em seguida, Vivian levou os dedos do rapaz até seu rosto.
–
O que acha? – respondeu finalmente.
Seus
olhares se encontraram numa corrente de sentimentos secretos e dúvidas. Ela
beijou sua mão delicadamente e entrelaçou seus braços, sentido aquele fluxo de
calor transitando entre seus corpos.
–
Mas você pode me aquecer. – finalizou.
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