You're my head and you're my heart
No Light, No Light – Florence and the Machine
Ela
abriu os olhos no quarto que se iluminava com o amanhecer, assustada, em sua
mente ainda pairava as últimas palavras de Felipe, o garoto que ela chamaria de
misterioso por um bom tempo. E mais do que as palavras, ela ainda podia ver
aqueles olhos tão negros, como se fossem impossíveis de esquecer.
Tudo
parecia como num sonho, ele poderia ser um sonho. Mas Vivian nunca acreditaria nessa
versão, ela ainda se lembrava do toque suave daqueles lábios em sua pele, e
aquilo nunca poderia ser aceito como um simples sonho, afinal, ele mesmo
dissera que às vezes a vida podia ser dessa forma.
Não,
ele era real. Disso ela tinha certeza.
Queria
apenas poder vê-lo mais uma vez, continuava acordando com aquela imagem presa
dentro de sua mente. Até mesmo pensou tê-lo visto certo dia do outro lado da
calçada.
Sentia
como se ele precisasse encontrá-la. E talvez realmente precisasse. Também
queria saber porque o garoto teve que ir embora tão rápido naquele primeiro
encontro, e como ele sabia seu nome.
E
foi em meio a esses devaneios que Vivian ouviu a campainha soar, aguda e
irritante como sempre.
Era
um pacote marrom. A ruiva abriu sem imaginar o que poderia haver dentro dele, e
então se surpreendeu e deixou-se cair sentada no sofá. Dentro do embrulho
estava com porta-retrato com a foto dos olhos de Felipe, e neles o reflexo dos
fios ruivos que ela possuía. Provavelmente uma montagem, muito bem feita e
real.
Junto
também estava um bilhete.
Doce e querida Vivian,
Sei que deve estar confusa e quero acreditar que sente
minha falta tanto quando eu sinto a sua. Perdoe-me por me despedir tão cedo
naquele dia em frente ao lago, mas acontece que quando se espera demais, o
encontro acaba sendo um tanto forte demais para durar muito.
Além do mais, dizem que as primeiras impressões são as
que ficam, e embora eu não acredite totalmente nisso, a minha tinha que ser assim
como foi.
Peço desculpas também se te deixei confusa, nunca foi
minha intenção, mas preciso que entenda meus motivos. Caso esteja se
perguntando se aquilo foi realmente real, é claro que foi, e por isso te mando
esse presente, para que não se esqueça de mim.
Não posso te ver agora, e nem explicar o porquê disso
tudo. Espero que me compreenda.
Com carinho.
F.
Vivian
leu a carta e uma expressão confusa instalou-se em sua face. Não queria admitir
que se incomodava com aquela situação, não queria admitir também que sentia
falta dele, afinal, ela mal conhecia aquele rapaz.
E
acima de tudo, não queria se apaixonar por ele. Já havia vivido alguns casos
antes, e a confusão nunca era um bom complemento para o amor. Pelo contrário,
costumava ser uma inimiga.
Estava
disposta a esquecê-lo e fingir que fosse um sonho irreal. E talvez conseguisse
convencer-se disso. Talvez.
tipo então... poe a historia tooodaaaa
ResponderExcluir"Não posso te ver agora, e nem explicar o porquê disso tudo. Espero que me compreenda."
ResponderExcluirNao. Ela nao compreende, eu nao compreendo, ninguém compreende. u_u
Claro que eles podem se ver. E podem ficar juntos também <3
"Estava disposta a esquecê-lo e fingir que fosse um sonho irreal. E talvez conseguisse convencer-se disso. Talvez."
Um talvez que significa nao, assim espero. Eles TÊM que ficar juntos *-*
SUHASUAHSUAHSUHA, o F. é um serzinho confuso demais, ele é cheio de segredos que não conta nem mesmo pra mim. =/ Ninguém compreende, é. x_x. E é, a sua análise do talvez pode estar certa, mas tem uma parte desse trecho que é real mesmo. hm.
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