domingo, 8 de julho de 2012

Palavras sem Sentido



Este texto foi escrito em Março de 2011.

Agradecimentos: A Dora e a Thai, por terem me dado suas preciosas opiniões. E ao Lipongo, por ter me apresentado a música.




Meus dedos gelados segurando algo quente, sentindo o calor invadindo minha pele e aquecendo toda a região. Só me faz lembrar o que na verdade queria sentir;

Sua mão, o toque de seus dedos contra minha pele,
Seus lábios, o gosto deles sobre os meus.

Uma lágrima furtiva por meu rosto, quem dera fosse apenas uma lágrima, mas não, ela passa arrastando tantas outras coisas;

Lembranças, memórias.
Sorrisos, risadas.

Vento, chuva, folhas, flores...
Notas, sons, melodias, ritmos...

Cada uma traz consigo tantas recordações, tantos sonhos, tantos medos. E também, tantas tristezas.

Cores.

Cinza.
Branco, azul, roxo, vermelho.
Amarelo, verde, laranja, preto.
Cinza.

Cada uma traz consigo mais que sentimentos ou emoções. Mais que momentos. Mais que caminhos ou escolhas.

Se pudesse ao menos transformar-me em uma dessas coisas, apenas por instantes.

Apenas porque elas, todas elas, podem atravessar as estradas.
Apenas porque elas, todas elas, são onipresentes.

E a distância...
A distância, para elas, todas elas.
A distância não existe.

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