Este texto foi escrito em Março de 2011.
Agradecimentos: A
Dora e a Thai, por terem me dado suas preciosas opiniões. E ao Lipongo, por ter
me apresentado a música.
Meus dedos gelados segurando algo quente, sentindo o calor invadindo minha pele e aquecendo toda a região. Só me faz lembrar o que na verdade queria sentir;
Sua mão, o toque de
seus dedos contra minha pele,
Seus lábios, o gosto
deles sobre os meus.
Uma lágrima furtiva por meu
rosto, quem dera fosse apenas uma lágrima, mas não, ela passa arrastando tantas
outras coisas;
Lembranças, memórias.
Sorrisos, risadas.
Vento, chuva, folhas,
flores...
Notas, sons,
melodias, ritmos...
Cada uma traz consigo tantas
recordações, tantos sonhos, tantos medos. E também, tantas tristezas.
Cores.
Cinza.
Branco, azul, roxo,
vermelho.
Amarelo, verde,
laranja, preto.
Cinza.
Cada uma traz consigo mais que
sentimentos ou emoções. Mais que momentos. Mais que caminhos ou escolhas.
Se pudesse ao menos
transformar-me em uma dessas coisas, apenas por instantes.
Apenas porque elas,
todas elas, podem atravessar as estradas.
Apenas porque elas,
todas elas, são onipresentes.
E a distância...
A distância, para
elas, todas elas.
A distância não
existe.
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