The Tale of Dreams

Este texto é uma Fanfiction de Harry Potter, foi escrito em Fevereiro de 2011 para um desafio intitulado Conto de Fadas.

Conto usado: Chapeuzinho Vermelho

Agradecimentos: Ao Lipe, por betar a fic, e também a Bis, novamente, por ficarem me aguentando.

N/A: O lobo na verdade é o Draco, mas eu usei o animal para dar ênfase à personalidade e aos sentimentos dele.

Os flocos de neve caíam no chão, já pintado de branco. Um por um, lentamente. O vento batia no rosto da garota, e também na pele do lobo, já não tão malvado assim. O vermelho da capa dançava com as rajadas de vento, e a menina acompanhava os movimentos, sem escolha.

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Draco seguia os passos da garota ruiva com um olhar atento, concentrado e silencioso. Ele a desejava mais que tudo, e sabia que poderia possuí-la sem dificuldades. Mas precisava de sua permissão, não poderia simplesmente dominá-la como um animal selvagem.

Ginny caminhava devagar, arrastando os pés. Passo a passo. Seus olhos ardiam devido ao vento gélido. Os fios ruivos de seu cabelo açoitavam seu rosto, e até mesmo respirar tornara-se cansativo.

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A dança continuava violenta, porém condizente com as intenções do jovem lobo. O animal inspirou profundamente, sentindo o aroma apetitoso da humana invadir suas narinas. O vento derrubou a garota ao chão, junto com sua cestinha de doces. E assim, uma mancha vermelha surgiu sobre a neve.

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O garoto assustou-se ao ver a amada no chão. Embora se preocupasse com sua integridade física, precisou se conter para não ir até ela, cuidando para não ser notado. Certamente se levantaria intacta, pensou ele.

A garota soltou um gemido baixo, e sentiu a neve gelar seu rosto. Levantou-se com dificuldade, sem nem mesmo perceber a mancha de seu sangue no chão branco. Continuou andando, e deixou sua cesta de doces para trás, esquecida.

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O lobo, após notar uma distância segura, trotou até o local onde a garotinha caíra. Farejou seu sangue e se pôs a correr, na esperança de ainda alcançá-la. A menina, por sua vez, notou que havia esquecido sua cesta e deu meia volta, na esperança de resgatá-la.

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Draco viu então a ruiva, com os olhos voltados para o chão enquanto caminhava mancando, seu capuz vermelho ainda esvoaçante. Ele estendeu suas mãos para a garota.

Ginny ergueu os olhos, e encontrou o olhar de Draco. Ele segurava a pequena cesta. Ela pegou o que lhe pertencia e deu meia volta, sem se preocupar com o que o rapaz poderia fazer. Ou com o que ele desejava fazer.

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O animal magoou-se com a atitude da jovem. Ele não era malvado, como todos pensavam. Nem mesmo selvagem. Mas ele a desejava mais que qualquer outra coisa, e poderia tomá-la nos braços a qualquer momento.

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O garoto tocou no ombro da moça, e a puxou de frente para ele. Colocou a outra mão em sua cintura, encostando seu corpo no dela. E, antes que tivesse a chance de reclamar, tomou-lhe os lábios carinhosamente.

A garota congelou, assustada. Sentia seus lábios se tocando, sua boca sendo explorada pela língua dele, e quando percebeu já estava retribuindo.

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O lobo despertou, e se sentou em sua cama. Já não era um lobo. Voltara a ser apenas Draco, em sua mansão assombrada e deserta. Seu quarto vazio, e sua amada fora de alcance.

A garotinha abriu os olhos no escuro. Já não era uma garotinha. Voltara a ser apenas Ginny. Em sua cama, deitada ao lado de seu marido, e o lobo apenas parte de um sonho.

Os dois opostos sonhando com seu conto de fadas particular.