domingo, 8 de julho de 2012

I Should Go


Esse texto foi escrito em Junho de 2012.

Agradecimentos: À Lisa, por me incentivar a tirar a ferrugem dos meus dedos e o pó do meu teclado. Obrigada por me mandar escrever, filha.



I should go

Eu deveria ir, antes de me render a tudo que poderia acontecer na linha de nossos destinos. Antes de saber se essas linhas no fim se juntariam formando apenas um caminho. Antes mesmo de ter certeza se algum dia elas realmente se uniram – mesmo que por um breve momento – ou apenas se cruzaram.

Eu deveria ir antes de desperdiçar sua vida.

Ah, mas você continua sorrindo para mim, me olhando enquanto seus olhos mantêm esse brilho que só eles sabem ter. Fazendo-me lembrar de tudo que temos em comum, de tudo que passamos, vivemos. Lembrando-me que sua companhia sempre foi tudo que eu tive, sempre foi tudo que importava.

E aqui estamos nós.

Você continua comigo, e eu sei que nunca teria coragem de me abandonar, mesmo que tal ato seja o único que eu realmente tenha direito, que faça jus ao que sou. E é tão difícil deixá-la, mesmo sabendo que é o melhor que posso fazer por você. Ah, eu apenas deveria ir.

Deveria apenas deixar meu egoísmo, ao menos uma vez.
E deveria deixá-la junto com ele.
É a única forma de fazê-la feliz.

Eu deveria ir antes que minha vontade se enfraqueça, antes que meus olhos comecem a protelar por mais tempo do que deveriam, antes que eu perca meu senso de razão. Antes que esse momento tenha mais significado do que jamais deveria ter.

Mas é tão difícil.
Eu deveria ir.
Apenas.
Para longe de você.


Mas talvez as palavras sejam mais fáceis que as ações.
E talvez esse momento já tenha mais significado do que deveria.

E talvez eu apenas não consiga...

Deixá-la.

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